30/04/2021
Coronavírus: representante do RS na Força Nacional de Fiscalização relata problemas graves no Amapá
O Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren-RS), representado pela assistente de coordenação do Departamento de Fiscalização (Defisc), a enfermeira Thais Longaray, participou de 05 a 09 de abril de um mutirão de fiscalização em 15 instituições de saúde dos municípios de Macapá e Santana, no Estado do Amapá (AP), em apoio ao Coren-AP. A ação foi liderada pela Força Nacional de Fiscalização (FNFIS) do Sistema Cofen/Conselhos Regionais, da qual Thais e enfermeiras(os) fiscais de todo o país fazem parte.
Foram fiscalizados hospitais; Serviços de Atendimento Móvel de Urgência (SAMUs); Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O foco foram as questões ligadas ao exercício legal e seguro da profissão, bem como a organização dos serviços para atendimento da população frente à pandemia do novo Coronavírus. Conforme Thais, foram identificadas inúmeras irregularidades e ilegalidades relativas ao exercício profissional, destacando-se a precariedade dos serviços de saúde disponibilizados; profissionais com equipamentos de proteção individual (EPIs) inadequados ou insuficientes; e irregularidades estruturais e de fluxos de atendimento que colocam em risco a saúde das(os) pacientes atendidas(os) e das(os) profissionais que atuam nos locais inspecionados.
“A meu ver, dentre as instituições fiscalizadas, a situação mais preocupante constatada foi a do Hospital de Emergência (HE), o qual é referência em trauma para todo o Estado do Amapá. De todos os hospitais já fiscalizados no Brasil, o cenário é extremamente crítico e GRAVE. Além da superlotação, os profissionais de Enfermagem possuem como local de descanso uma cama ou beliche disposto dentro da mesma sala onde estão internados pacientes Covid. Além disso, são disponibilizadas máscaras descartáveis artesanais que não atendem às normas técnicas estabelecidas para o enfrentamento da pandemia, dentre outras irregularidades. A conjuntura é caótica e extremamente preocupante”, conta Thais.
Thais relata que as(os) profissionais de Enfermagem estão trabalhando exaustivamente e sem condições de proteção e segurança. “O contexto em saúde no qual vive o Estado coloca toda a população atendida em permanente risco de contaminação não só pela Covid19”, completa.
As instituições foram notificadas e seguirão em acompanhamento por meio de Processos Fiscalizatórios instaurados pelo Coren-AP. Ainda, serão encaminhados para outros órgãos as irregularidades de acordo com a esfera de competência.
Fonte: Setor de Comunicação e Eventos - Coren-RS (com informações da Ascom – Coren Amapá)
Jornalista Joanna de Oliveira Ferraz
DRT/RS 12.176