Integrantes da Câmara Técnica de Enfermagem em Atenção à Saúde do Adolescente, Adulto e Idoso do
Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) participaram de reunião com
assessores da coordenação geral de Atenção à Saúde das
Crianças, Adolescentes e Jovens do Ministério da Saúde (MS) no dia 13 de
fevereiro. O Cofen busca construir parcerias para qualificar a
assistência de Enfermagem aos adolescentes, com foco na capacitação
continuada.
Com
baixa incidência de doenças agudas, típicas da infância, e
crônicas, comuns em idosos, os adolescentes têm demandas de saúde
muitas vezes invisibilizadas. A faixa etária tem baixa cobertura
vacinal, alta incidência de mortes por causas externas e enfrenta
riscos como iniciação ao tabagismo e gravidez precoce. Serviços de saúde devem
acolher e atender adolescentes, mesmo quando chegam desacompanhados,
conforme nota técnica 2/2022.
“Capacitar
as equipes para o acolhimento e assistência aos adolescentes é
fundamental”, afirma a coordenadora da Câmara Técnica, Betânia
Santos. O tema pode estar presente em cursos e mesas redondas no 27º
Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF), que será
realizado em Salvador (BA), em setembro. O Cofen convida
profissionais a participarem dos cursos, que já estão disponíveis
gratuitamente na Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) - saiba mais abaixo. Prevenção
da gravidez na adolescência, promovendo a saúde e garantindo
direitos
Os
assessores técnicos Luciana Almeida e Bruno Campos apresentaram
ações desenvolvidas pelo MS na Semana Nacional
de Prevenção à Gravidez na Adolescência, incluindo webinários
com participação de adolescentes e publicação de nota técnica. A
nota ressalta o risco elevado de morte na gestação de adolescentes
até 14 anos, com maior probabilidade de hemorragias, anemia grave,
eclampsia, depressão pós-parto, parto cesáreo, prematuridade e
malformações. Destaca, ainda, o impacto na saúde mental de
adolescentes.
“As
consequências da gravidez na adolescência também dizem respeito
aos aspectos sociais, afetando a continuidade dos estudos, a inserção
no mercado de trabalho, as interações e relações sociais, por
produzir isolamento e estigmas. Todos os aspectos, tanto biológicos
quanto psicossociais, levam ao risco de repetição dos padrões de
pobreza e exclusão social e ao aumento da mortalidade materna e
infantil, pelos riscos de complicações durante a gravidez e o
parto”, afirma o documento.
Casos
de violência contra adolescentes são de notificação compulsória
no SINAN. Outros órgãos do sistema de garantia de direitos também
devem ser acionados. “É importante que o profissional saiba que
não está sozinho”, destacou Luciana. O encaminhamento
responsável, com busca ativa de pessoas em situação de
vulnerabilidade, é um dos pilares da APS.
Cursos
gratuitos: inscreva-se!
O MS, por meio da UNA-SUS, oferece cursos de qualificação e aperfeiçoamento
gratuitos voltados à Saúde do Adolescente. Acesse os links e
participe:
Proteger
e Cuidar de adolescentes na APS
Escuta
de Crianças e Adolescentes na rede de serviços do SUS
Juventudes
e Participação Social
Introdução
à Política de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes em
conflito com a Lei (PNAISARI)
Fonte:
Ascom/Cofen - Clara Fagundes (editado) |