O Conselho Regional de Enfermagem teme pela qualidade no atendimento de enfermagem do Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre, diante da superlotação de pacientes que ocorre na instituição.  O esgotamento do HPS foi agravado na semana passada com o fechamento de leitos da UTI de cardiologia em virtude da presença da bactéria Acinetobacter.

Em visita fiscalizatória realizada na tarde de ontem, dia 19, o COREN constatou que o número de profissionais é insuficiente, resultando em carga de trabalho excessiva (em até 64 horas extras mensais). 

“Todo plantão tem um profissional em hora extra e no final de semana a situação se agrava. Os profissionais estão angustiados e estressados pela situação, o que coloca em risco a saúde da população”, adverte a presidente do Conselho, Maria da Graça Piva.

Concentrando-se na área de politraumatizados e na sala de atendimento clínico, a fiscalização do Conselho verificou que além de profissionais, faltam equipamentos e o risco de contaminação é maior pelo alto número de pacientes. Os leitos ficam muito próximos e sem a condição necessária para evitar o contágio.

Segundo dados levantados pelo COREN, existe um déficit de 158 técnicos de enfermagem e de 25 a 30 enfermeiros.  O quadro de pessoal hoje é de 73 enfermeiros, 111 técnicos e 246 auxiliares de enfermagem.