Nos primeiros 15 dias do ano, foram registrados cinco casos suspeitos de dengue em Santa Rosa, no Noroeste do Estado. O número foi divulgado nesta semana pela Vigilância Sanitária local, que alerta a população quanto aos cuidados que devem ser tomados durante o verão, época de maior proliferação do mosquito transmissor da doença. No ano passado, a cidade apresentou 290 notificações relacionadas à enfermidade, sendo que 127 casos foram descartados e 163, confirmados. Desse total, no mês de dezembro, foram sete ocorrências suspeitas. As amostras de sangue coletadas neste mês são analisados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), em Porto Alegre. O índice de infestação do mosquito Aedes aegypti em Santa Rosa é de 1,77%, sendo que o máximo tolerado pelo Ministério da Saúde é de 1%. Porém, a diretora da Vigilância Sanitária em exercício, Neiva Rex, revela que a taxa é uma média de diversos pontos do município e está muito alta em dois locais, no centro da cidade, com 5,38%, e no bairro São Francisco, com 9,09%.
Equipe de 27 agentes de endemias atua no combate aos focos do inseto, que têm aumentado, conforme Neiva. "As pessoas se queixam que há muito mosquito, agora, precisamos saber se são os transmissores da dengue", explica. Segundo a diretora, permanece o apelo de que a população auxilie nesses trabalhos, evitando o descarte de lixo em terrenos baldios e não deixando acumular água em recipientes. Apesar da estiagem que ocorre na região, choveu no último fim de semana, o que pode ter deixado água acumulada em residências.
Devido ao grande número de casos registrados no último ano, o município será um dos beneficiados com recursos do Ministério da Saúde para enfrentar a dengue. A cidade deve receber cerca de R$ 30 mil a mais do valor que já é repassado pela Pasta, por meio do Teto de Vigilância e Promoção à Saúde. Na região, Santo Ângelo e Ijuí também receberão o adicional, em função do alto número de casos confirmados nos últimos dois anos nas cidades. O recurso será aplicado em ações de conscientização da população para o combate à doença e na qualificação do trabalho dos agentes de endemias, que visitam as residências.
Fonte: Correio do Povo - 18/01/2012
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