27/01/2012 - Saúde sob a ótica de direitos humanos |
O Fórum Social Mundial da Saúde e Seguridade Social foi aberto ontem, em Porto Alegre, com a presença de representantes do Brasil, da América Latina, da Europa e da África. Eles debateram o tema sob os princípios dos diretos humanos e discutiram propostas para melhorar os serviços públicos. O secretário municipal da Saúde em exercício da Capital, Marcelo Bósio, na abertura do evento, lembrou que se costuma repetir modelos europeus - e esse debate, segundo ele, serve também para que se conheçam as soluções aplicadas lá. Um dos desafios, disse Bósio, é melhorar os serviços prestados à população diante da crise financeira. A coordenadora da Global Social Justice, Francine Mestrum, advertiu que as políticas sociais estão servindo para proteger a economia. "Isso é uma inversão, porque antes os serviços eram para proteger as pessoas", disse. Ao avaliar o controle ao cumprimento dos direitos humanos, o coordenador do Comitê Executivo do Fórum Social Mundial da Saúde, Armando De Negri Filho, disse que a Secretaria dos Direitos Humanos deveria ampliar o acompanhamento aos outros serviços prestados à sociedade. Para ele, que fez parte da mesa que discutiu a construção dos sistemas universais de proteção social, a secretaria precisa ser mais ativa no monitoramento da saúde, das pensões e da renda básica. "Vamos encaminhar propostas à ministra Maria do Rosário e aos demais ministérios relacionados às questões sociais", ressaltou Armando De Negri Filho. A participação da ministra era prevista ontem no Fórum, porém, foi cancelada. Durante o eventos, representantes de servidores públicos, especialmente da área da saúde, reivindicaram melhorias no Sistema Único de Saúde (SUS). O evento termina hoje, quando será elaborado um documento que balizará outros debates, inclusive a Rio+20, em junho. |