O deputado federal gaúcho José Stédile dedicou seu grande expediente à enfermagem, hoje pela manhã (14/06). Na ocasião o deputado citou às propostas, que tramitam na Câmara, de implantação do
piso salarial e jornada de 30 horas dos profissionais de enfermagem.
Durante discurso no Plenário, lembrou que a enfermagem é
uma das poucas categorias no Brasil que não tem piso salarial definido.
De acordo com Stédile, com os baixos salários da categoria, muitos
profissionais de enfermagem possuem dois empregos, cumprindo jornada de
trabalho superior às 44 horas semanais. A proposta de 30 horas semanais
para esses profissionais (PL nº 2.295/00) está para ser votada no
Plenário da Casa. Mas para o parlamentar, a proposta deveria estar
aliada a aprovação de um piso salarial para a categoria. Tramitam na
Câmara alguns projetos nesse sentido, mas nenhum deles chegou a ser
aprovado em todas as comissões necessárias.
Para o parlamentar, o Congresso deve se sensibilizar com essa questão.
“Garantir o mínimo salarial serve para evitar a dupla jornada da
enfermagem, a sobrecarga, o stress e a evasão profissional. Valorizar a
enfermagem é valorizar o acolhimento e o cidadão humanizado, é valorizar
a saúde integra”, afirma.
Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) mostra que enfermeiros,
técnicos e auxiliares de enfermagem representam 70% dos trabalhadores em
saúde no Brasil. De acordo com Stédile, esse número não pode ser
ignorado. Ele lembra que em comunidades do interior do País equipes de
técnicos da área fazem todo o trabalho médico quando faltam
profissionais. “Nas cidades maiores, a situação não é muito diferente.
Os enfermeiros atuam na vigilância em saúde do Sistema Único de Saúde
(SUS), no atendimento de saúde do trabalhador e nas comunidades,
averiguando condições sanitárias nas residências e evitando a
proliferação de epidemias”.
O deputado parabenizou o Coren-RS e seu presidente, enfermeiro Ricardo Rivero pelo empenho com que tem levantado as bandeiras da enfermagem no Rio Grande do Sul.