13/12/2013 - Colaboradores do Coren-RS presentes em evento de sensibilização para doação de medula |
O Conselho está engajado na Semana de Mobilização Nacional |
A abertura da quinta edição da Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea foi realizada na manhã desta sexta-feira (13), na sala João Neves da Fontoura (Plenarinho) na Assembleia Legislativa. O objetivo é a ampliação do número de doadores voluntários cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Após o início desse trabalho de sensibilização, o número de doadores pulou de 550 mil para mais de três milhões e duzentos mil no país. O deputado federal Beto Albuquerque (PSB/RS) conduziu os trabalhos.
Ele foi o proponente da Lei Pietro (11.930/2009), que leva esse nome em
homenagem ao filho do parlamentar falecido em 2009, vítima de leucemia,
antes de completar 20 anos. Beto falou sobre a luta de mais de um ano
contra a doença. “Infelizmente, não conseguimos encontrar um doador
compatível para meu filho.” E lembrou que o SUS realiza 98% dos transplantes no país. O presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren/RS), enfermeiro Ricardo
Rivero, destacou o papel central que a enfermagem desempenha no esclarecimento da população em relação a doação. Lembrou que o Conselho Regional de enfermagem estará com o Coren Móvel e uma equipe do Conselho neste sábado e domingo no Parque da Redenção, das 9h as 16h, participando da mobilização e prestando informações sobre o cadastro e a doação de medula. No domingo toda a comunidade está convidada para fazer parte da grande caminhada de mobilização, as 10 horas da manhã, também no Parque. Em seu discurso, o gestor fez uma apelo para que mais
pessoas procurem o hemocentro de sua cidade.
O ponto alto do evento foram os depoimentos emocionantes de doadores e transplantados, que tiveram suas vidas transformadas. Flavia Moreira há 15 anos fez uma doação para sua irmã, Fernanda Lima. Num depoimento emocionado, ela salientou a importância de leis como a Pietro e Matheus. Ela contou da alegria e emoção que sente de saber que salvou uma vida. E que isto é algo inexplicável em palavras. E que deseja poder ser doadora para outras pessoas. Fernanda também deu seu depoimento. “Queria que todos recebessem essa bênção.” Ela incentiva que as pessoas não esperem fazer a doação só porque o problema atingiu alguém próximo. Estiveram presentes ao evento o deputado Miki Breier, representando a direção da Casa do Povo, o deputado estadual Ciro Simoni, a vereadora de Porto Alegre, Jussara Cony, autora do projeto da Semana Municipal de Mobilização para Doação de Medula
Óssea; a vereadora Any Ortiz; o representante do Hospital Conceição, Manoel Nelson Silveira. O hospital é o
maior captador de órgãos do estado e também conta com um centro
receptor de cadastros. Também participaram a enfermeira Silvya Ramos, uma das especialistas do GHC em onco e nato, com
ênfase em medula, e a colaboradora do Coren-RS, Michele Lang, contando sua emocionante
história de luta contra a leucemia e de como venceu a doença após muitos
anos. Para saber mais: Em 2009, o estado tinha 45 mil doadores e hoje conta com cerca de 250 mil e registra mil novos casos de leucemia anualmente. Beto revelou ainda que a meta no pais é atingir 10 milhões de cadastrados, pois a chance de encontrar um doador compativel é um em 100 mil. O deputado mostrou que 15% dos cadastrados não comparece quando chamado, pois muita gente confunde transplante de medula óssea com transplante da medula espinhal. Para quem quer ser doador, existem alguns requisitos, como ter uma boa saúde (sem doenças infecciosas, como hepatite, Chagas, HIV, sífilis e outros problemas como diabetes, câncer e doenças específicas do sangue) e ter entre 18 e 55 anosO transplante de medula é um tratamento que pode beneficiar diversas doenças em diferentes estágios, como leucemias, linfomas, anemias graves, hemoglobinopatias, imunodeficiências congênitas, erros inatos de metabolismo, mieloma múltiplo e doenças autoimunes, por exemplo. Saiba mais em www.leipietro.com.br. |