27/03/2023 - Presidente do Coren-RS cobra políticas públicas efetivas no combate à tuberculose |
O Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren-RS) debateu na terça-feira, 21 de março, o papel da categoria no enfrentamento à tuberculose, durante live realizada nas redes sociais. A atividade teve a participação do presidente da autarquia, o enfermeiro Antônio Tolla, e da enfermeira coordenadora do Centro de Referência em Tuberculose (CRTB) Bom Jesus, de Porto Alegre, Luciane Melo. Durante a transmissão, Antônio lamentou os altos índices de casos registrados na Capital e em todo o Estado, cobrando políticas públicas efetivas no enfrentamento à doença. “A Enfermagem tem feito sua parte. Mas precisamos ir além, dando mais estrutura e construindo meios eficazes para que os profissionais de saúde e de outras áreas possam alcançar melhores resultados”, ponderou. A live, na íntegra, pode ser assistida CLICANDO AQUI. Durante a transmissão, a enfermeira Luciane trouxe diversos números que evidenciam a gravidade do quadro de tuberculose no Brasil e, em especial, no RS e em Porto Alegre. O país está entre as 30 nações do mundo com maior carga de tuberculose (TB) e tuberculose-HIV (TB-HIV) considerados prioritários pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O RS permanece como um dos estados com alta carga de TB e coinfectados TB-HIV, dentro do cenário nacional. Em 2021, foram notificados 4.769 casos novos de TB, o que corresponde a um coeficiente de 41,6 casos a cada 100 mil habitantes. O coeficiente está acima da média nacional, que foi de 32 casos a cada 100 mil habitantes em 2021. Já em Porto Alegre, a situação é ainda pior. Em 2021, o coeficiente ficou em 87 casos por 100 mil habitantes. A taxa de cura no município foi de 50% e de abandono, 34%. Segundo a pactuação com o Ministério da Saúde (MS), o resultado esperado é a cura de pelo menos 85% dos casos novos diagnosticados no período e abandono inferior a 5%. Porto Alegre é a quarta capital no Brasil em número de casos. “Nossas equipes trabalham arduamente, fazendo um acompanhamento intenso dos pacientes. Mas a situação social complica muito a continuidade de tratamento e isso causa novas pessoas infectadas e resistência no tratamento de quem já tinha iniciado e não terminou”, explicou Luciane. As lives do Coren-RS ficam todas disponíveis no Facebook, no LinkedIn e no YouTube para a Enfermagem assistir quando quiser. Acesse nosso canal e acompanhe. Fonte: Setor de Comunicação e Eventos – Coren-RS Jornalista Ronan Dannenberg DRT/RS 13.181 |