07/07/2023 - 17ª Conferência Nacional de Saúde celebra participação popular na construção de políticas públicas para o SUS



Encerrou na quarta-feira, 05 de julho, em Brasília, a 17ª Conferência Nacional de Saúde. O evento quadrianual celebrou a participação popular na construção de políticas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS). A etapa nacional foi precedida de encontros municipais e estaduais, realizadas pelos Conselhos de Saúde, junto às respectivas Secretarias de Saúde, além das conferências livres sobre temáticas específicas. Das etapas municipais e estaduais, foram eleitos os delegados, que levaram as propostas para o encontro nacional. A conferência é um passo essencial para elaboração e aprovação de propostas para o Plano Nacional de Saúde e o Plano Plurianual 2024-2027

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou em seu discurso, no último dia do evento, o que estes encontros representam para o país. “Há 37 anos  foi realizada a primeira conferência de Saúde desse país, e desde então elas têm determinado as melhorias na qualidade da Saúde da população. Todas as conquistas que tivemos na Saúde são obra e  trabalho de vocês que fazem as Conferências Nacionais de Saúde”, declarou.

“Não queremos uma conferência apenas como um ato. Queremos uma conferência como um documento forte que o Ministério da Saúde vai implementar. É esse o nosso compromisso”, reforçou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, na abertura do evento. Entre os marcos do encontro, os mais de 700 mil mortos por Covid19 foram lembrados. “Muitas das mortes poderiam ter sido evitadas com ações coordenadas do Governo Federal”, destacou a ministra.

O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, reforçou que a Saúde não pode ser vista de maneira isolada, pois é diretamente associada à determinantes sociais. “Saúde tem que significar que as pessoas têm direito a comida, casa, trabalho, a um salário condigno, água, vestimenta, educação. Direito a informações, como dominar o mundo e transformá-lo. Direito ao meio ambiente protegido e uma vida digna e decente, como nos ensinou Sérgio Arouca”, afirmou.

Durante o evento, foi lançado o Mapa Colaborativo dos Movimentos Sociais em Saúde, Fruto de parceria entre o Ministério da Saúde, a Fiocruz e o CNS. O documento é uma plataforma coletiva e interativa que reúne iniciativas práticas e saberes dos movimentos sociais no campo da Saúde. O objetivo é que a ferramenta colabore no fomento de redes sobre políticas públicas.

Fonte: Cofen e CNS