Em homenagem ao Dia Mundial da Saúde, ontem, mais de 1,2 mil pessoas deram um abraço simbólico no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Chamada de 100% Clínicas – Modelo de Sucesso –, a iniciativa reuniu funcionários, trabalhadores, pacientes e a comunidade para evitar mudanças no atual modelo de gestão administrativa. O formato adotado, que divide as internações em 89% para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e 11% aos de convênios, está sendo contestado pelo Ministério Público Federal (MPF). Por meio de ação pública, o MPF determinou que o hospital atenda apenas aos pacientes do SUS. Sexta-feira, a direção do HCPA encaminhou defesa para reverter a decisão.\r\n\r\nO presidente da instituição, Amarilio Vieira de Macedo Neto, explicou que por meio dos recursos vindos de atendimentos privados o hospital consegue manter a qualidade de atendimento. Ele considera 'equivocada' a avaliação do MPF sobre o modelo administrativo do Clínicas. 'O HCPA é uma empresa pública com direitos privados e não está contra a lei. Ao contrário, o sistema é referência aos outros hospitais que atendem pelo SUS', afirmou. Macedo Neto lembrou que os repasses do governo não são suficientes. 'Os recursos que entram no hospital, independentemente de privado ou público, são revertidos em benefício dos pacientes.' O reitor da Ufrgs, Carlos Alexandre Netto, que também participou do ato, afirmou que o modelo de administração do Clínicas é vitorioso. 'O hospital já mostrou ser uma referência nacional de atendimento de qualidade pelo SUS.' \r\n\r\nPara uma pessoa em especial, o abraço simbólico teve um sentido diferente. Após dois anos de tratamento, a aposentada Natalvina Correa conseguiu realizar transplante de coração em fevereiro. 'Minha presença era obrigatória. Sem a ajuda e o trabalho dos funcionários e sem a estrutura do hospital, não estaria aqui.'\r\n\r\n \r\nAbraço simbólico integrou atividades do Dia Mundial da Saúde \r\n ALEXANDRE MENDEZ |
