Como
parte do Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de
mama, o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem
(CBR) lançou em 21 de outubro a campanha Radiologia Solidária. A
proposta é ofertar exames gratuitos para mulheres de baixa renda em
todo o país.
De
acordo com o CBR, a previsão é que mais de 50 clínicas de imagem e
instituições de saúde ofereçam esse tipo de atendimento até
dezembro. Cada clínica aderiu a uma das três modalidades
disponíveis na campanha: ouro, prata e bronze, conforme o tipo e o
volume de exames a serem disponibilizados:
– 21
na categoria ouro, onde serão disponibilizadas mais de 50
mamografias e/ou tomossínteses (equipamento semelhante ao mamógrafo)
e mais de 20 ultrassonografias e/ou biópsias de mama;
– sete
na categoria prata, onde serão disponibilizadas de 20 a 50
mamografias e/ou de 10 a 20 ultrassonografias;
– 22
na categoria bronze, onde serão disponibilizadas até 20 mamografias
e/ou tomossínteses e 10 ultrassonografias.
A
maior parte das clínicas fica na Região Sudeste (28 instituições
participantes), seguida pelo Sul, com sete clínicas participantes;
pelas regiões Centro-Oeste e Nordeste, ambas com seis; e pelo Norte,
com três. Minas Gerais e São Paulo se destacam entre os estados,
com 14 e nove clínicas, respectivamente.
A
coordenação da realização dos exames, de acordo com o CBR, ficará
a cargo de instituições não governamentais (ONGs), fundações sem
fins lucrativos e instituições de saúde pública, que devem
direcionar os atendimentos para mulheres de baixa renda e dentro da
faixa etária recomendada para o rastreamento (a partir dos 40 anos).
Fake
news
Em
meio à disseminação das chamadas fake news (informações falsas)
na área da saúde, o CBR informou que a campanha também contará
com ações para conscientizar a população sobre a importância da
detecção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, “valorizando
a promoção de informações confiáveis e baseada em evidências
científicas”.
Em
nota técnica publicada anteriormente, a entidade já havia reforçado
a importância da mamografia como método essencial para identificar
o câncer de mama em estágios iniciais. O documento também desmente
mitos como o de que o exame causa câncer ou poderia ser substituído
por outros métodos de imagem.
Números
O
CBR alerta que a incidência de câncer de mama tem aumentado em todo
o mundo – a cada ano, mais de 2 milhões de mulheres são
diagnosticadas com a doença. Somente no Brasil, ao longo de 2024, a
estimativa é que quase 74 mil novos casos sejam registrados, com
maior prevalência entre mulheres jovens, com menos de 50 anos.
“Apesar
de todos os esforços, o câncer de mama ainda é o tumor que mais
mata mulheres no Brasil e no mundo. No entanto, quando detectado
precocemente, é uma doença tratável, com altas chances de cura
(chegando a 95% se o diagnóstico ocorrer antes que o tumor atinja 10
milímetros)”.
“A
Comissão Nacional de Mamografia reforça a recomendação de
rastreamento mamográfico anual para mulheres a partir dos 40 anos e
repudia todas as formas de fake news e disseminação de informações
falsas, que podem levar algumas mulheres a não realizarem a
mamografia, com desfecho em diagnósticos tardios e tumores
avançados.”
Fonte:
Paula Laboissière/ Agência Brasil |