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30/11/2011
Relato de experiência, desastres e simulado na tarde de palestras


 Desastres no Haiti, Santa Catarina e Rio de Janeiro fizeram parte das palestras da tarde do segundo dia do VI IBAMEUE. Os palestrantes João Cavalheiro, Fátima Ali, Luis Fernando Santos Carlos e José Márcio Silveira relataram experiências e dificuldades encontradas no atendimento de múltiplas vítimas em situações onde os mais básicos atendimentos eram feitos com precariedade.

O terremoto de 2010 no Haiti, os tremores de Porto Príncipe e os furacões que aumentaram a situação de calamidade, fizeram parte dos relatos de todos os palestrantes. De acordo com o enfermeiro João Cavalheiro, o Haiti é um país vulnerável por questões climáticas e pela falta de saúde pública. "A população vive aglomerada nos locais mais altos e, quando ocorrem os deslizamentos, as perdas são avassaladoras."

Naquele país, Cavalheiro compunha uma equipe com mais cinco Técnicos de Enfermagem.“Temos que nos preparar para o atendimento básico. O material humano para dar atendimento em situações de desastres deve ser qualificado. Os problemas mais encontrados são a insuficiência de materiais, a escassez de meios de transporte, comunicação inadequada e o não respeito à cadeia de comando”, disse enfatizando que os Profissionais de Enfermagem que trabalham em situações de desastres devem ter uma coordenação. Caso contrário, só gera desgaste e não cumpre com seus objetivos.

De acordo com o Tenente Coronel José Márcio Silveira, que também é Enfermeiro, o encaminhamento dos doentes com maior gravidade deve ser feito aos hospitais que tem mais recursos. “Se não soubermos fazer esta triagem, só estaremos mudando o desastre de lugar”, completou.

Conforme o Enfermeiro, desastre é o resultado de eventos adversos, quando não temos condições de atender a comunidade afetada. “Por exemplo, se acontece um acidente com três vítimas e temos somente uma ambulância para o atendimento, estamos numa situação de desastre” , disse Silveira.

Com relação aos simulados feitos para treinar os profissionais da saúde, José Márcio salienta que estes devem ser os mais próximos da realidade. “A emergência tem que trabalhar como trabalha a emergência, e não como se você estivesse em casa”, reforçou lembrando que num simulado a ambulância deve atrasar, o trânsito deve estar congestionado, como os eventos acontecem realmente.

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