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30/11/2011
IV IBAMEUE: Planejamento e organização das equipes frente às situações de desastres


O segundo dia do VI IBAMEUE iniciou com palestra sobre planejamento e organização das equipes atuantes frente às situações de desastres. Quem explanou sobre o tema foi o enfermeiro Eduardo Fernando de Souza, Consultor Técnico do Ministério da Saúde que possui experiência nas áreas de urgência e emergências pré-hospitalares e desastres com ênfase em Gestão Operacional, tendo atuado no terremoto no Haiti e nas enchentes em Alagoas e Pernambuco em 2010 e na Região Serrana do Rio de Janeiro em 2011.

ETAPAS A CUMPRIR - Atenta, a plateia escutou as orientações de Souza sobre como devem ser o desempenho dos gestores e profissionais da saúde em situações de caos. Conforme o especialista, as ações se fundamentam de forma sistêmica em três etapas: antes, durante e depois, o quê em termos técnicos significa dizer planejamento, logística e operação.
“Para todo o desastre tem que haver um plano de acionamento e desencadeamento de atendimento em saúde em situações de caos, no qual o processo de atendimento APH esteja descrito e cada integrante conheça suas atribuições e saiba executá-las”, reforçou Souza. “Quantas de vocês têm nas instituições que trabalham planejamento e treinamento para atendimento em desastres?”, provocou o palestrante, alegando que só boa vontade não adianta nessas horas.

NA HORA DE AGIR - “Se você tem uma equipe pronta para ir ao local da catástrofe, qual a primeira coisa a procurar ao chegar ao local de crise?”, indagou Souza. Ele respondeu: “Dirigir-se ao Gabinete de Crise ou Comando de Operação deve ser a primeira medida”. Mais que isso, é preciso informar à supervisão sobre o número do efetivo que compõe a equipe, os recursos logísticos disponíveis (motos, ambulância e equipamentos) e o período estimado de permanência na missão e a auto-suficiência da equipe ou não - este último apontado como o de maior importância pelo palestrante. Avaliar o quê colapsou na saúde da cidade atingida é crucial. Reorganizar a rede de urgência, organizar o serviço de transporte inter-hospitalar, organizar e distribuir equipes itinerantes de atenção básica e realizar a busca ativa por doentes crônicos estão entre as pendências.

FORÇA NACIONAL DO SUS – Segundo Souza, as autoridades no Brasil estão mais sensíveis ao assunto e prova disso é a recente criação da Força Nacional do SUS. “A Força veio para agregar valor ao trabalho que é desenvolvido. Os bombeiros já fazem um serviço de qualidade, mas o volume de acontecimentos é muito grande. Vinculada ao Ministério da Saúde, o Brasil fomenta uma estrutura assistencial que objetiva dar uma resposta rápida em âmbito nacional para atendimento à população em situações de risco”, informou.
O especialista encerrou afirmando: “Todo acidente, assistência e planejamento são um aprendizado. Trabalhar com um evento do porte de um desastre exige grande confiança no que se está fazendo. Por isso, a determinação das ações dos gestores é crucial”.
As atividades seguiram com palestra sobre Sistema de Gerenciamento de Operações em Emergência, proferida pelo Cel. Marcos Oliveira.

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