Brasília -
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) definiu hoje (10),
durante conferência em Londres, no Reino Unido, que a prioridade mundial
deve ser o combate à desnutrição infantil. Os especialistas disseram
que, ao combater a desnutrição, as autoridades mundiais também reduzirão
os casos de raquitismo e doenças associadas à baixa alimentação.
O diretor executivo do Unicef, Anthony Lake, ressaltou que o raquitismo
impede a capacidade de a criança aprender, negando a ela o direito de
ter um "futuro decente capaz de contribuir para a prosperidade de sua
comunidade".
A conferência é organizada pela Fundação de Investimentos para as
Crianças, com o apoio dos governos do Brasil e do Reino Unido.
Especialistas debatem o tema Nutrição para o Crescimento. Os participantes buscam reunir um total de US$ 4 bilhões para melhorar a nutrição de crianças, grávidas e mulheres amamentam no mundo.
O estudo Evolução da Desnutrição Infantil no Brasil e o Alcance da Meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, divulgado pelo Ministério da Saúde,
em fevereiro, mostra que o Brasil apresenta queda da desnutrição nas
últimas décadas. O déficit de peso ideal para a idade foi superado entre
as crianças menores de 5 anos e o de altura deve seguir a mesma
tendência nos próximos dez anos, de acordo com a publicação.
Porém, o estudo alerta que ainda há "importantes desigualdades, como as
diferenças entre as regiões geográficas, as classes de renda e os
grupos populacionais". A Região Norte ainda apresenta elevada
prevalências de déficit de altura e de peso.