Assédio moral

O assédio moral é uma realidade que podemos sentir, mas nem sempre ver. Afeta a nossa saúde física, mental e autoestima interferindo nas relações pessoais. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, 42% dos brasileiros já foram vitimas dessa prática. O assédio moral se apresenta como um fenômeno atual decorrente das modernas formas de gestão do trabalho, expressão de relações autoritárias e antidemocráticas e de precárias condições de trabalho. 

Mas afinal o que assédio moral?

É caracterizado pela exposição repetitiva e prolongada dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras, durante o exercício de suas funções no trabalho. É importante ressaltar que um ato isolado de humilhação, não é assédio moral. 

Alguns exemplos

Gritar, xingar, apelidar, contar piadas para denegrir, ridicularizar e humilhar. Ordenar a realização de tarefas impossíveis ou incompatíveis com a capacidade profissional. Sonegar informações indispensáveis ao desempenho das funções. Repetir críticas e comentários improcedentes ou que subestime os esforços do empregado. 

Quem pratica? 

O empregador contra o empregado (assédio moral vertical), como forma de dominação, abusando da autoridade inerente às suas funções. Colegas do mesmo nível hierárquico (assédio moral horizontal) e subordinados em relação ao chefe.  

Danos à saúde

O assédio moral pode causar ou contribuir muito com os problemas psicológicos, psicossomáticos e comportamentais; como ansiedade, depressão, palpitações, tremores, sentimento de inutilidade, crise de choro, dores generalizadas, insônia ou sonolência excessiva, aumento da pressão arterial, dores de cabeça, distúrbios digestivos e aumento de peso ou emagrecimento exagerado. 

Estratégias de defesa

O apoio da família, amigos e colegas são fundamentais. É aconselhável anotar detalhes das humilhações (dia, mês, local, nome do agressor), além de sempre tentar conversar com o agressor na presença de testemunhas. Quando se tratar de problemas de saúde, é importante ter laudo médico em mãos. 

Denuncie!

Acima de tudo, a principal atitude a ser tomada é procurar o Conselho Regional de Enfermagem – Coren-RS e denunciar o agressor, dando visibilidade ao caso para que não se repita.