O Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren-RS), representado pela enfermeira fiscal Daiane Agnes, participou no dia 08 de novembro da reunião mensal do Comitê de Transmissão Vertical HIV e Sífilis. Os encontros são uma iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre, junto a diversas instituições e entidades representativas da saúde, e tem como objetivo combater a transmissão vertical, de mãe para filho(a), do HIV e da sífilis.
No encontro de novembro foram discutidos casos que passaram pelos hospitais de Porto Alegre. A capital gaúcha sofre com uma alta preocupante, principalmente nos casos de sífilis congênita. De acordo com o Boletim Epidemiológico nº 67, de novembro de 2017, que tratou especialmente da sífilis, foram notificados 3.322 casos de sífilis congênita, de janeiro de 2005 a dezembro de 2016. Apenas em 2016, foram 585 casos, o que corresponde ao maior número da Capital desde 2005.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), gestantes portadoras de sífilis possuem 12 vezes mais chances de terem alguma complicação, mesmo após o tratamento, do que uma paciente soronegativa. Nas gestantes com sífilis não tratada ou tratada inadequadamente, a taxa de abortamento e/ou natimortalidade é de 25%; prematuridade ou baixo peso ao nascer, de 13%; e neomortalidade, de 11%.
O rastreio com testes na primeira consulta pré-natal e ao longo da gestação é fundamental. Da mesma forma a realização do teste no parceiro, pois pode haver uma reinfecção caso ele não tenha sido tratado ou tenha feito o tratamento de forma inadequada.
A importância da Enfermagem no diagnóstico e tratamento
As(Os) profissionais de Enfermagem são de extrema importância na luta contra a sífilis e o HIV. São elas(es) que estão atendendo nas emergências obstétricas, rede de Atenção Primária e maternidades. O contato com as gestantes nos serviços de saúde é fundamental para que sejam feitos os testes rápidos para HIV/sífilis. Da mesma maneira coletar material para fazer o teste dos parceiros, quando for possível.
O Coren-RS se soma a esse esforço e acredita que um SUS de qualidade, integral, gratuito, com controle social e comprometido com a vida poderá alcançar excelência na proteção à saúde de todas e todos.