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27/04/2022
Frente Parlamentar em Defesa das Vítimas da Covid19 é instalada na Assembleia Legislativa
Foi realizada na tarde desta quarta-feira, dia 27 de abril, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul (ALRS) a instalação da Frente Parlamentar em Defesa das Vítimas da Covid19. A iniciativa foi um pedido junto ao Parlamento Gaúcho de diversas entidades que estão envolvidas em dar visibilidade a este tema e será coordenada pelo deputado estadual Pepe Vargas. O objetivo é de propor medidas no enfrentamento à pandemia, em especial a sugestão de políticas públicas voltadas a todas dimensões que envolvem o novo Coronavírus. O Conselho Regional de Enfermagem do RS (Coren-RS), que compõe o Comitê Estadual em Defesa das Vítimas da Covid19, foi representando no ato pela conselheira Sônia Regina Coradini e pelo conselheiro Fernando Brambila Mengue.
Conforme o deputado Pepe Vargas, diversas questões ligadas à doença ainda não têm uma organização de enfrentamento e assistência. O parlamentar citou a necessidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) voltadas à Covid19, as demandas de quem está com a chamada “covid longa”, as sequelas de quem foi contaminado, a reorganização do atendimento na rede de saúde, entre outros aspectos ligados à pandemia. “Ainda não vencemos esta batalha e pessoas com menor poder aquisitivo, com menor capacidade de enfrentar a doença, foram as mais acometidas. Precisamos ter um olhar especial para estas situações e estabelecer medidas voltadas a quem sofreu com o novo Coronavírus”, declarou.
Além das questões de saúde, a presidente da Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid19 (Avico), Paola Falceta, salientou que a pandemia trouxe ainda mais fome, problemas de moradia e financeiros, promovendo uma sucessão de violações de direitos humanos em todo o país. “Somente aqui no RS há um dado do Governo do Estado de 122 mil pessoas que se recuperaram da Covid19. Mas se recuperaram como? Onde estão essas pessoas? E quais são as iniciativas para atender esta demanda, que é enorme? Esses e outros muitos questionamentos estão sem resposta”, ponderou. A representante da Frente Pela Vida, Lucia Souto, reforçou que o Brasil fez a pior gestão da pandemia no mundo. “Cerca de 45% das mortes no país poderiam ter sido evitadas”, complementou.
O presidente da ALRS, deputado estadual Valdeci Oliveira, pediu para que as pessoas continuem se cuidando, já que muitas pessoas ainda não completaram o esquema vacinal e que Estado e União tenham preocupação com a doença e também a quem ficou com sequelas. “Há uma demanda reprimida na rede de saúde e os governos não aumentaram um centavo em recursos prevendo essa situação”, apontou. “Não podemos aceitar a normalidade e a mortalidade pela falta de serviços básicos de saúde. Colocar mais recursos na saúde mudaria, sim, esse quadro”, disse a representante da Associação Nacional em Apoio e Defesa dos Direitos das Vítimas da Covid19 - Vida e Justiça, Rosângela Dornelles.
Um dos exemplos de pessoas que tiveram graves sequelas da doença é do presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES), Cláudio Augustin, que deu um relato de sua experiência com a Covid19 durante o lançamento da Frente Parlamentar. “Baixei no hospital em dezembro de 2020 com pneumonia, peguei o novo Coronavírus internado, fiquei entubado mais de um mês e só saí em agosto de 2021. Só consigo me alimentar por sonda e em fevereiro deste ano ainda tive Covid19 novamente, o que me abalou bastante”, contou. Para o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, há necessidade de cuidar melhor das pessoas que ficaram e não se pode mais aceitar pessoas ainda adoecendo pelo novo Coronavírus. “É uma situação dramática e precisamos avançar”, enfatizou.
Fonte: Setor de Comunicação e Eventos - Coren-RS
Jornalista Ronan Dannenberg
DRT/RS 13.181
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