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31/07/2024
Reduzindo a desigualdade: apoio à amamentação para todos
Amamentação em situações de vulnerabilidade e emergência são destaque na Semana Mundial de Amamentação 2024
A
importância do aleitamento materno em situações de vulnerabilidade
é destaque da Semana Mundial do Aleitamento Materno 2024, que começa
nesta quinta-feira, 1º de agosto, e segue até o dia 07, com o tema
Reduzindo a desigualdade: Apoio à amamentação para todos. Campanha
dos Conselhos de Enfermagem vai destacar, durante todo o Agosto
Dourado, a importância de incentivar o aleitamento materno mesmo nas
situações adversas. Com o tema “Onde faltam perspectivas, o leite
humano nutre o futuro”, a campanha reforça os efeitos protetivos
da amamentação.
A
Semana Mundial do Aleitamento Materno é uma iniciativa da Aliança
Mundial para Ação em Aleitamento Materno (WABA) e tem apoio dos
Conselhos de Enfermagem. “Neste ano, o tema ressalta a importância
de reduzir desigualdades para garantir a amamentação em cenários
vulneráveis, em especial na primeira semana de vida, situações de
extrema pobreza, de emergência e crises”, explica a enfermeira
Ivone Amazonas, coordenadora da Câmara Técnica de Enfermagem em
Saúde do Neonato e da Criança do Conselho Federal de Enfermagem
(Cofen).
Evidências
demonstram que o leite humano é rico em imunoglobulinas e protege o
bebê de infecções, pneumonia, diarreias, reduz o risco de futuras
doenças crônicas, além de contribuir para o desenvolvimento
integral e formação de vínculos afetivos. A amamentação pode
reduzir em até 13% a mortalidade de crianças menores de 5 anos por
causas evitáveis, segundo dados da Organização Mundial da Saúde
(OMS).
“A
amamentação traz segurança nutricional e conforto afetivo. É
fundamental para a manutenção da saúde da criança, em especial
nas situações de maior vulnerabilidade. É dever dos profissionais
de Enfermagem promover a amamentação desde o nascimento, acolhendo
e orientando a puérpera”, explica Ivone.
Emergências
– Situações de crises, como a emergência climática enfrentada
pelo Rio Grande do Sul, também são um risco ao aleitamento materno.
“A assistência ao binômio mãe-bebê deve ser priorizada,
garantindo aos lactentes a presença contínua da mãe, desde o
resgate à possível internação”, ressalta Ivone.
Orientação
de profissionais de saúde deve ser disponibilizada em caso de
dificuldade de amamentação. Caso as lactantes estejam separadas dos
seus filhos, deve-se estimular a extração manual do seu leite de 6
a 8 vezes em 24 horas para a manutenção da produção de leite. O
acolhimento e apoio psicológico pode ser benéfico para a manutenção
da amamentação e cuidado durante o período mais crítico.
Para
as crianças a partir de seis meses deve ofertada, com a amamentação,
água potável e alimentação adequada, com prioridade para
alimentos naturais e minimamente processados. Confira orientações
do Ministério da Saúde sobre amamentação em situações de crise.
Cadeia
de calor – A rede de apoio, incluindo desde os
familiares ao sistema de saúde e locais de trabalho, é fundamental
para a continuidade da amamentação. É chamada “cadeia de calor”,
conceito criado para Aliança Global pela Amamentação para destacar
a necessidade de um apoio contínuo à amamentação, do pré-natal,
parto e puerpério aos primeiros anos de vida. Tal qual a “cadeia
de frio”, necessária para a conservação de vacinas em baixas
temperaturas, a amamentação requer ação articulada de diversos
atores em apoio às lactantes.
Os
profissionais de Enfermagem são uma parte fundamental dessa rede.
“Além de orientar a mãe e atuar no manejo da amamentação, é
importante também envolver os familiares no apoio a amamentação. O
cuidado com o bebê passa pelo cuidado com a recém mãe”, explica
Ivone Amazonas.
Fonte:
Ascom/Cofen
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